O Irã realizou um ataque com mísseis balísticos contra o território de Israel na tarde desta terça-feira (01). Segundo o governo iraniano, o ataque foi uma retaliação aos ataques a interesses do Irã e ao assassinato de líderes de grupos jihadistas apoiados por Teerã.
O ataque desta terça-feira é o segundo bombardeio contra o território israelense em menos de seis meses.
As Forças Armadas de Israel (IDF, na sigla em inglês) afirmaram que a maioria dos mais de 180 mísseis iranianos foi interceptada pelos sistemas de defesa antimísseis do país, com o apoio de países aliados, como os Estados Unidos.

O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, prometeu retaliação ao ataque. “O Irã cometeu um grande erro esta noite e vai pagar por isso”, afirmou Netanyahu.
Além do primeiro-ministro, o porta-voz militar de Israel, Daniel Hagari, declarou que o ataque iraniano constitui uma “escalada séria e perigosa” e que “terá consequências”. Hagari também afirmou que Israel responderá onde, quando e como quiser.
Em nota, o governo iraniano declarou que o ataque foi uma “resposta legal, racional e legítima”. O presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, disse na rede social X que a operação foi “apenas uma parte do nosso poder”.

Tensão no Oriente Médio
O ataque iraniano ocorreu no mesmo dia em que Israel iniciou uma operação terrestre no sul do Líbano contra forças do grupo extremista Hezbollah, após uma série de bombardeios e ataques contra lideranças do grupo libanês.
Desde o ataque terrorista realizado pelo Hamas em 8 de outubro de 2023, o governo Netanyahu vem intensificando as ações militares contra grupos extremistas na região, incluindo a invasão de Gaza contra o Hamas, além de ataques aos Houthis no Iêmen e a operação terrestre contra o Hezbollah no Líbano, iniciado nesta terça-feira.