O governo federal vai decretar uma GLO (Garantia da Lei e da Ordem) para reforçar a segurança durante a Cúpula de Líderes do G20, marcada para os dias 18 e 19 de novembro, no Rio de Janeiro. A informação foi dita pelo secretário de Segurança Pública do estado, Victor dos Santos.
Durante o evento, que reunirá líderes mundiais, como as Forças Armadas atuarão com poder de polícia para garantir a segurança dos chefes de Estado e das delegações internacionais. Santos ressaltou que a GLO é uma medida padrão em eventos dessa magnitude e que cabe ao governo federal garantir a proteção dos participantes. “É uma responsabilidade do país hospedado. O estado oferecerá suporte, mas a força federal é a principal”, explicou o secretário.
O secretário nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça, Mário Luiz Sarrubbo, lembrou que a decisão de instalar a GLO cabe exclusivamente ao presidente da República. Ele afirmou estar confiante na preparação do Rio de Janeiro, que já ocorreu grandes eventos, como as Olimpíadas de 2016. “Temos certeza de que tudo correrá bem durante o G20”, afirmou.
As declarações foram feitas após uma reunião entre autoridades do Rio e a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) para discutir a recente onda de violência, que incluiu a morte de três autoridades inocentes em um confronto entre policiais e criminosos na zona norte da cidade. No encontro, foi criado um grupo de trabalho focado na investigação do financiamento de organizações criminosas, com vistas a recuperar áreas sob sua influência.
Prevista na Constituição, a GLO permite que as Forças Armadas atuem com poder de polícia em locais e períodos específicos. Desde 1992, mais de 140 missões desse tipo foram revolucionárias no Brasil, geralmente em greves policiais, eventos internacionais e períodos eleitorais. Ainda não foram definidos os dias exatos de duração da GLO, mas, segundo Santos, a operação cobrirá todo o município do Rio e facilitará a gestão federal da segurança.
Entre as medidas especiais, está a restrição de voos no Aeroporto Santos Dumont, que funcionará apenas para companhias autorizadas pela Aeronáutica, devido à proximidade com as áreas onde ocorrerão as atividades da cúpula.