Brasil substitui vacina oral contra poliomielite por versão injetável

A partir desta segunda-feira (04), o Ministério da Saúde implementa uma mudança importante no esquema vacinal contra a poliomielite no Brasil. As duas doses de reforço da vacina oral poliomielite bivalente (VOPb), conhecida popularmente como “gotinha”, serão substituídas por uma única dose da vacina inativada poliomielite (VIP), que é administrada de forma injetável.

A mudança visa aprimorar a eficácia da vacinação, alinhando-a com os protocolos já adotados em países como Estados Unidos e diversas nações europeias.

Com a alteração, o novo esquema vacinal passará a ser composto exclusivamente pela vacina injetável. Segundo o Ministério da Saúde, essa medida vai reforçar a proteção das crianças e garantir maior eficácia na prevenção da poliomielite.

O esquema atualizado inclui três doses da vacina injetável aos 2, 4 e 6 meses de idade, seguidas por uma dose de reforço aos 15 meses. A pasta já orientou os estados a prepararem os municípios para a implementação das novas diretrizes, garantindo uma transição adequada para o novo protocolo.

As doses de vacina oral poliomielite bivalente que estiverem lacradas nos estoques dos municípios serão recolhidas pelo Ministério da Saúde até o dia 31 de novembro. A partir de agora, apenas as doses da vacina injetável estarão disponíveis nas salas de vacinação, oferecendo uma proteção reforçada contra a poliomielite.

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Foto: Prefeitura de Cascavel

Entenda

Em 2023, o Ministério da Saúde informou que passaria a adotar exclusivamente a VIP no reforço aplicado aos 15 meses de idade, até então feito na forma oral. A dose injetável já vinha sendo aplicada aos 2, 4 e 6 meses de vida, conforme o Calendário Nacional de Vacinação. Já a dose de reforço contra a pólio, antes aplicada aos 4 anos, segundo a pasta, não será mais necessária, já que o esquema vacinal com quatro doses vai garantir proteção contra a pólio.

A atualização considerou critérios epidemiológicos, evidências relacionadas à vacina e recomendações internacionais sobre o tema. Desde 1989, não há notificação de casos de pólio no Brasil, mas as coberturas vacinais sofreram quedas sucessivas nos últimos anos.

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