O presidente eleito dos Estados Unidos, o republicano Donald Trump, afirmou que cumprirá sua promessa de campanha e colocará em prática um plano de deportação em massa de imigrantes ilegais no país. Trump disse que seu governo não teria “escolha” a não ser realizado como deportações em massa.
A declaração do republicano foi dada em entrevista na última quinta-feira (07) ao canal de notícias americano NBC News. Questionado sobre o custo de seu plano de deportação de milhares de imigrantes, Trump afirmou que “não é uma questão de preço”.
Em sua entrevista, o republicano afirmou que uma de suas primeiras prioridades ao assumir a carga em janeiro seria fortalecer a fronteira. “Obviamente, temos que tornar uma fronteira forte e poderosa, e, ao mesmo tempo, queremos que as pessoas entrem em nosso país”, disse ele.
De acordo com Trump, seu discurso sobre imigração ressoou com os eleitores, que “querem ter fronteiras e gostam que as pessoas entrem”. “Mas eles (imigrantes) precisam entrar com amor pelo país. Eles precisam entrar legalmente”.
Durante a campanha, o discurso anti-imigração foi uma marca registrada de Trump. Em um dos debates contra Kamala Harris, o republicano chegou a divulgar uma informação falsa sobre imigrantes haitianos, que supostamente estariam “comendo cachorros e gatos” em Springfield, Ohio.
Em junho, o diretor interino da Polícia de Imigração e Alfândega dos EUA (ICE), Patrick J. Lechleitner, afirmou que um esforço de deportação em massa seria um enorme desafio logístico e financeiro.
“Não é só colocá-los em aviões e fazê-los voar, o que é caro, temos que ter aviões. Também temos que lidar com as nações anfitriãs. Temos que obter documentos de viagem, temos que fazer toda a logística envolvida nisso”, disse Lechleitner a NBC News.
Conversa com Biden e Harris
Durante a entrevista, Trump também falou sobre suas conversas com Kamala Harris, candidata democrata derrotada na terça-feira, e com o presidente Joe Biden após a eleição. “Conversas muito decididas, muito respeitosas de ambas as partes”, disse Trump.
O presidente eleito também destacou que o vice-presidente Harris apresentou o processo de transição entre os dois governos: “Ela falou sobre a transição e disse que gostaria que fosse o mais tranquilo possível, com o que concordo, é claro”, disse. Trump também contou que ele e Biden concordaram, por telefone, em almoçar juntos “muito em breve”.