A Rússia lançou um ataque aéreo com um míssil balístico intercontinental (ICBM, na sigla em inglês) contra a Ucrânia nesta quinta-feira (21). Segundo a força aérea ucraniana, o ataque teve como alvo empresas e infraestrutura na cidade de Dnipro, localizada no centro-leste do país.
Autoridades ucranianas relataram que o míssil foi lançado da região de Astrakhan, no sul da Rússia. Durante o ataque, seis mísseis de cruzeiro Kh-101 foram interceptados pelas defesas ucranianas, segundo informações do governo de Kiev.
“Hoje, Dnipro foi atingida pela primeira vez por um míssil balístico intercontinental (de modelo desconhecido) proveniente da região de Astrakhan, na Federação Russa”, informaram as forças ucranianas.
O governador regional, Serhiy Lysak, afirmou que a ofensiva danificou uma instalação industrial e provocou incêndios em Dnipro.

Resposta ao uso de armamentos ocidentais
O ataque russo é visto como uma resposta ao uso de armamentos fornecidos pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido à Ucrânia em operações recentes contra o território russo. No domingo (17), o presidente americano, Joe Biden, autorizou o envio do Sistema de Mísseis Táticos (Himars, na sigla em inglês) para a Ucrânia. Em seguida, o Reino Unido também permitiu o uso de seus equipamentos militares no conflito.
Horas após o ataque, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou o uso de um míssil balístico e afirmou que o artefato empregado era um novo tipo de ICBM.
Putin declarou que o ataque serviu como um teste para o novo míssil “em resposta à agressão do Ocidente”. O líder russo considera o uso de mísseis norte-americanos e britânicos em ataques ucranianos como uma forma de envolvimento direto dos Estados Unidos e do Reino Unido no conflito.