O TikTok deixou de funcionar nos Estados Unidos e foi removido das lojas de aplicativos da Apple e do Google na noite deste sábado (18). A expectativa é que a plataforma de vídeos volte a operar nesta segunda-feira (20), após a posse do presidente eleito dos EUA, Donald Trump.
A suspensão da operação no país ocorreu em cumprimento a uma lei federal americana que entrou em vigor neste domingo (19). A nova lei determina que o aplicativo, controlado pela empresa chinesa ByteDance, seja vendido a empresas de capital americano ou interrompa suas operações no país.
A Suprema Corte dos EUA havia rejeitado um recurso contra a lei nesta última sexta-feira (17), argumentando que ela não viola a Primeira Emenda da Constituição, que protege a liberdade de expressão.
Com o bloqueio, cerca de 170 milhões de usuários americanos perderam o acesso ao aplicativo. A ByteDance recusou propostas de compra feitas por empresas americanas e optou por suspender as operações nos EUA até uma nova decisão.
O TikTok vem enfrentando diversas polêmicas, incluindo denúncias de agências do governo americano relacionadas ao uso de dados de usuários e à segurança nacional.

TikTok anuncia retorno aos EUA
As esperanças da plataforma estão depositadas em Donald Trump, que afirmou durante a eleição, em julho do ano passado, que não permitiria que o TikTok fosse banido.
Neste domingo, o TikTok anunciou que voltou ao ar nos Estados Unidos após o presidente eleito Donald Trump declarar que provavelmente publicará um decreto adiando por 90 dias a aplicação da nova lei em vigor.
“Como resultado dos esforços do presidente Trump, o TikTok está de volta nos EUA”, informou a plataforma em notificação enviada aos usuários.
A rede social também agradeceu a Trump por “fornecer a clareza e a garantia necessárias aos nossos provedores de serviço, garantindo que eles não enfrentarão penalidades por fornecer o TikTok a mais de 170 milhões de americanos e permitir que mais de 7 milhões de pequenas empresas prosperem”.
Após o comunicado, alguns usuários norte-americanos relataram que estavam conseguindo acessar tanto o aplicativo quanto o site do TikTok, segundo a agência Reuters.
A mudança de postura de Trump contrasta com sua posição em 2020, quando ele assinou uma ordem executiva determinando que a ByteDance vendesse o TikTok em até 90 dias por motivos de segurança nacional. Na época, Trump concorria à reeleição e apresentava descontentamento com as políticas da plataforma.